Mariana Volker lança “Órbita”

Entrar em “Órbita”, novo álbum da cantora e compositora Mariana Volker, é passear entre sentimentos complexos e profundos numa busca intensa em ser feliz. Feridas e dores de amores curadas (e mal curadas) se misturam a arranjos sensíveis e vibrantes. E antes que se dê conta, você já está ali, entendendo, se enxergando, torcendo e vivendo cada uma das oito faixas.

O disco, que chega nesta sexta em todas as plataformas digitais através da Altafonte, foi produzido por Pedro Sodré com co-produção de Thiago Vivas. Para os mais apegados a rótulos, pode se dizer que é um álbum pop e rock’n roll.

Foto: Júlia Assis
Foto: Júlia Assis

Coeso e notoriamente muito bem planejado desde a capa – com arte de Raphael Tepedino em referência à Elke Maravilha e foto de Julia Assis – até a ordem das faixas, “Órbita” é um deleite aos admiradores da arte ao mesmo tempo que é a vitória de uma batalha contra a depressão.

Os clipes já lançados de ” + Amor” (Mariana Volker e Emerson Leal) e “Montes Claros” (Mariana Volker e Valentina Zanini) ambos com direção de Letícia Pires, comprovam quão cuidadoso é o projeto. No primeiro, Mariana Volker pede respeito às diferenças, no outro ela sofre ao se despedir de um grande amor, numa das faixas mais emocionantes de “Órbita”.

“Ela é uma ferida. Uma carta direta, sem maquiagem”, define a cantora.

Já na faixa de abertura, “Labirinto” (Mariana Volker e Valentina Zanini), o eu-lírico está perdido. “Esta canção foi exatamente o início de todo processo de ‘Órbita’. Ela é um questionamento e foi nela que veio o click de que eu precisava mergulhar dentro de mim para me curar, para sair do buraco, para voltar a compor”, lembra Mariana.

Foto: Júlia Assis
Foto: Júlia Assis

Segundo ela, o álbum como um todo tem o recado de pegar as angústias, entender que elas existem e dançar em cima delas . “O ponto de partida é estar perdido, não se reconhecer e precisar olhar pra si. Fiz um disco que afirma as emoções e transita entre dois pólos que passam pela intensidade à leveza, pela delicadeza ao visceral”, explica.

Sua música está pautada nesse olhar de cuidado, flutuando nas análises das dores e das delícias de si. Nessa pegada ela se uniu a Júlia Branco e Luiza Brina para compor “Cheia de dobras”. “Eu vivo tranquila e sempre ansiosa. Eu acho que a vida é uma coisa gostosa e cheia de dobras”, diz os primeiros versos da canção.

O disco passa ainda por outra parceria com Valentina Zanini em “Eu sinto muito”, tem “Um grito”, de César Lacerda – única que Mariana não é compositora – e “Calcula-me” com a equação certa na busca dos sentidos. A última faixa leva o nome do disco e a interpretação é o golpe derradeiro para seguirmos o talento de Mariana Volker por qualquer que seja sua órbita.

Ouça “Órbita”:

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