Doutor Lucas Gelatti, médico especialista em medicina física e reabilitação esclarece dúvidas em torno dos implantes hormonais

O dispositivo tem sido muito procurado por personalidades para fins estéticos por oferecer algumas mudanças corporais. Entretanto, o médico especialista em medicina física e reabilitação, Lucas Gelatti, reforça que o hormônio deve ser utilizado apenas com indicação médica.

“A aplicação é indicada para todos os pacientes que tiverem necessidade do uso da reposição hormonal, ou do uso daquele hormônio, visando tratar algum tipo de doença”.

O uso do dispositivo é recomendado pelos médicos para questões que podem ser tratadas com hormônios, como endometriose e miomas, por exemplo, ou contracepção, porém, Dr Lucas afirma que a indicação desse método também está muito relacionada a conveniência, “por ser um método que só precisa ser reaplicado a cada, alguns meses, ele acaba se tornando uma maneira fácil de fazer a reposição sem grandes impactos no dia a dia da pessoa, como por exemplo, o que acontece com a reposição em gel, que a aplicação é diária ou com intervalo de poucos dias”, conta o médico.

Os implantes hormonais são utilizados no Brasil e no mundo há várias décadas, como excelentes opções de tratamento para algumas mulheres. O especialista explica que a aplicação é feita diretamente no tecido subcutâneo através de pellets, que são como comprimidos no formato de um tubo que vão sendo degradados ao longo dos meses, fornecendo uma liberação gradual do hormônio mantendo os níveis razoavelmente estáveis.

“Além disso existe também os implantes plásticos, que são tubos de silicone aonde o hormônio vai dentro, sendo liberado de forma regular ao longo de vários meses, chegando a passar até de um ano dependendo da substância”.

O implante hormonal pode ser utilizado também como anticoncepcional?

Sobre isso o médico afirma que existem três hormônios que podem fazer esse papel, “ eles são aplicados através de implantes silásticos, pois os implantes em pellets, ainda não se tem evidencias fortes de que realmente funcionem como anticoncepcionais, mas isso, principalmente por falta de artigos científicos que comprovem isso, pois na prática se vê que eles costumam funcionar muito bem para isso”, afirmou Dr Lucas.

Em relação ao uso estético desse procedimento, Gelatti alerta que ele acaba acontecendo como um efeito colateral. “Alguns dos hormônios utilizados, tem um um potencial anabólico que podem melhorar a massa muscular e ajudar também um pouco na diminuição da gordura, porém, isso pode ter um efeito que não ocorre em todas as pessoas”,ele acrescenta também que,dependendo do peso corporal da pessoa, da quantidade de gordura no corpo, esse hormônio pode ser convertido em outros hormônios que podem acabar tendo um efeito contrário ao que a pessoa procurou com relação a estética”.

Para o especialista é preciso ter muita cautela na indicação do implante a ser usado. “É preciso explicar ao paciente que existe esses riscos também”.

Lucas Gelatti, conclui afirmando que as contraindicações são muito mais relacionadas a questão da reposição hormonal do que propriamente do método pela qual essa reposição será realizada.

“Em virtude, dos implantes absorvíveis terem uma dificuldade muito grande de serem retiradas, as contraindicações vão está mais relacionadas a riscos do paciente não poder interromper essa reposição durante o período de duração do implante. Já em relação aos implantes silásticos, essa contraindicação já acaba não existindo porque eles são facilmente retiráveis”, conclui o especialista.

*Por Jairo Rodrigues

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