A arte do Vodu, para além de um elemento religioso é uma linguagem, explica Mestre Bueno do Barão

Redação por Arthur Wentz e Silva

A supressão de crenças e culturas afrodescendentes, originárias das mais diversas regiões do continente africano, motivadas pelo processo de escravização racista se enraizou no espaço do chamado Novo Mundo. Nas terras da América Latina, povos tiveram de esconder e sincretizar suas crenças, com o pleno objetivo de minimizar as raízes ásperas da represália.

O magista brasileiro Mestre Bueno do Barão, dono de um senso crítico aguçado defende que todo preconceito e disputa entre manifestações de fé, se constituem como um atraso na perspicaz evolução espiritual do ser humano, tendo em vista que não é benéfica e não permite plenitude no espaço cognitivo.

Embora, todo este cenário de marginalização e desrespeito a crenças fundamentais à nossa História, essas manifestações se erguem como um baobá resistente e determinam-se como crença latina, crença que perpetua sobre o sangue derramado, mesmo mediante a tanta injustiça.

O Vodu é uma destas crenças que arrebata curiosos e que se expande nas zonas do globo. Com mais de sete milhões de adeptos, essa é uma das linguagens de fé que ainda tem por se manter firme nos territórios latinos, considerados, mesmo depois de tanta injuria, um espaço sagrado por seus seguidores.

Para o Mestre Bueno do Barão, não há nada mais importante do que o sentimento de curiosidade sobre qualquer crença, desde que venha acompanhada comum interesse incansável pelo conhecimento voraz e sem estereótipos e estigmas. Não é errado buscar conhecimento, independente do que for.

A tradição religiosa se estrutura em um pilar fundamental da ancestralidade e da hierarquia familiar. Todos que conhecem a cultura do Vodu, acabam por se aproximar de forma concreta deste elemento central.

Suas raízes estão impregnadas de forma rígida em religiões como a Santeria cubana, o Candomblé brasileiro (jeje), o Tambor de Mina, Xangô do Nordeste, o Batuque rio-grandense e, de forma abrangente e mais intima, com o Vodu haitiano.

Apesar de se tratar de uma cultura que se apresenta sem inverdades e com a identidade de uma manifestação sem mistérios, o Vodu sofre muito com os estereótipos e preconceitos seculares, advindos de estigmas à religiões afrodescendentes. Afinal, quem nunca viu um boneco de Vodu sendo usado como brincadeira ou piada na mídia? Ou também, em desenhos animados, com toda a evidencia “maléfica” introduzida?

Os bonecos e a arte em si do Vodu, são sempre objetos de muita perseguição e evidenciações errôneas de tal cultura. A manifestação é considerada para além de um simples elemento espiritual, mas também como uma forte linguagem de viés artístico.

Essa arte, para Bueno do Barão, se consolida como uma grande expressão dos pensamentos individuais sobre a própria vida, ao que remete, uma inspiração para que outras doutrinas possam pensar e entender seus próprios elementos de fé e Magia. Fato, segundo ele, que os bonecos elaboram-se entorno de energias muito potentes, capazes de realizar o solicitado.

Esses bonecos, diferente das culturas greco-romanas e egípcias, não representa uma divindade, ou um Sagrado, mas serve como uma espécie de amuleto, capaz de trazer paz, amor, dinheiro ou até mesmo coisas ruins, não desejadas. É preciso entender, ainda, que cada religiosidade constitui-se em uma diferente produção.

No caso do boneco mais utilizado na América Latina, o modelo haitiano é feito com bastante detalhe, que começa desde a seleção pontual de materiais, até sua ativação em rituais com musicalidades e danças, ao que é muito comum nesta manifestação.

O Mestre Bueno do Barão está no Instagram como @mestrebuenodobarao, se apresenta de forma sólida como um instrumento de ensino e de realização das Magias, em busca do estado pleno de felicidade. Em seu perfil, todo seu trabalho como magista e também uma gama de conteúdo, estão evidencia.

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