Formada em jornalismo e trabalhando em uma multinacional, a dona da Surrender Rio queria mais.
Até onde um sonho é a prioridade na sua vida? Mesmo depois de uma carreira em outra área e estabilidade financeira? Andressa Gomes colocou tudo a prova quando virou a página na sua vida e começou do zero em sua marca “Surrender Rio”. Sendo um exemplo de resiliência e força de vontade, a empresária – em um primeiro momento formada em jornalismo e trabalhando com assessoria de imprensa – sempre foi apaixonada por moda, então a vida lhe deu os caminhos para seguir firme no ramo.
“Fiz prova para uma multinacional e virei gerente de marketing. A vida estava equilibrada, eu estava bem financeiramente… mas dinheiro vem e vai, tinha uma coisa dentro de mim que precisava de uma atenção, aquela dorzinha persistente.”
A dorzinha se converteu em uma grande paixão.
“Eu tinha vestidos feitos por mim, meu marido sempre me pegava desenhando estilos e possíveis criações. Fiz meu vestido de noiva pensando em cada detalhe, se a costureira não estava bordando, estava eu. Até que meu marido me disse: “Andressa, para de emprestar e sonhar e começa a vender.” Parecia uma chave virando. ”
Andressa conta que após seu casamento – e de fazer alguns dos vestidos de suas madrinhas – abriu um ateliê, mas não era exatamente o que ela queria ainda.
“Eu conciliava o ateliê junto do meu trabalho, mas como eu ainda não era conhecida no meio, não fazia tantos trabalhos quanto eu gostaria. O material e os tecidos eram caros, então a coisa foi indo a passos lentos, até eu realmente mudar de perspectiva.”
Perspectiva essa, veio em pleno carnaval com as amigas.
“Uma amiga muito próxima minha estava se separando, então a gente só ficava “cansô de sofrimento, cansô dele” … como eu estava fazendo body para a gente usar na época, ficou o “Body Cansô”. A atriz Vivianne Araújo viu na academia e gostou, eu dei um para ela de presente e investi nisso. Foi um sucesso tanto comercial quanto financeiro, então firmei meu norte a partir daí.”
O conceito fitness e balneários veio junto com a vontade de fazer biquínis de todas as cores, tamanhos e jeitos.
“Eu quando peguei o negócio pra valer, me formei em moda e sou especializada em consultoria de imagem.
Queria aprender tudo que eu poderia para que cada pessoa tivesse o máximo de mim na hora que eu estivesse criando meus designs.”
Ela conta que a pandemia foi uma peteca mais forte de rebater, mas que ela não perdeu as esperanças.
“Nenhum empresário gosta de ver o seu negócio sofrendo um baque, seja ele econômico ou comercial. A pandemia do coronavírus exigiu muito pensamento e muita força, no final do dia, mesmo que você acredite no seu negócio, as contas não estavam mais fechando como deveriam. Respiramos fundo para contornar aquele período complicado, mas com muito trabalho e resiliência, tudo ficou para trás como um grande aprendizado.”
Hoje, Andressa curte o crescimento cada vez mais exponencial de sua empresa e vê outros caminhos chegando no futuro.
“Quero poder passar minhas experiências para outras mulheres, ou até mesmo estudantes de moda, que não sabem bem como – e de onde – começar um negócio, uma marca, uma identidade própria dentro do nosso mercado.” – Finaliza.