Após um ano de pandemia, Igor Azevedo cria projeto que tem como objetivo retratar o cotidiano da sociedade em meio ao isolamento

Idealizado pelo fotógrafo Igor Azevedo, o projeto retrata a realidade de pessoas distintas em diversas posições na sociedade durante este período de pandemia e isolamento.

Após um ano desde que a OMS reconheceu que o mundo viveria uma pandemia de covid-19, muita coisa mudou na realidade e rotina das pessoas em todo o mundo. Enquanto muitos de nós estão em isolamento em casa e outros precisam todos os dias sair da segurança de seus lares para garantir o sustento, os casos desta doença seguem em crescimento no Brasil e a pandemia parece, apesar das vacinas já disponíveis, ainda longe do seu fim.

Para fazer um retrato deste cenário, a partir de diversos pontos de vista, o fotógrafo Igor Azevedo criou um projeto conceitual chamado ‘Janelas que Falam’, onde apresenta ao mundo, através de imagens belas e que inspiram empatia, introspecção e análise, retratos que representam de uma forma inédita a sociedade brasileira durante a pandemia.

O projeto, que foi inscrito na Lei de Incentivo à Cultura Adir Blanc, produziu suas fotos no município de Taquari, no Rio Grande do Sul, com exclusividade.

Conceito

Igor Azevedo explica o conceito por trás do seu novo projeto e o seu propósito. “Janelas que Falam é um projeto criado pra retratar a pandemia a partir da ótica das pessoas e não dos números e estatísticas, que são alarmantes. Hoje temos duas situações durante a pandemia. A primeira é a das pessoas que estão em isolamento, que tem a possibilidade de estar em isolamento em suas casas. Já a segunda é a daqueles que não têm essa possibilidade, pois precisam estar na movimentação diária, seja em transportes públicos ou aglomerações, seja o trabalhador dos serviços essenciais, o assalariado, o que atua nas áreas de segurança pública e saúde, que precisa sair de casa para levar o sustento para sua mesa todos os dias. O projeto busca apresentar a situação que vivemos de diversos pontos de vista e realidades diferentes.”

O fotógrafo aponta que tipo de pessoas foram retratados no projeto. “Eu tentei trazer imagens que representam pessoas que ocupam posições estratégicas na sociedade, principalmente neste momento pandêmico, como médicos, enfermeiros, profissionais da saúde, famílias, assim como pessoas de diversos outros campos de atuação. Seja a mãe, que é médica e precisa cuidar de si e dos seus filhos, como o trabalhador comum que precisa enfrentar todo dia o desconhecido na sua luta diária.”

Janelas que Falam

A inspiração para o nome do projeto veio através de uma situação ocorrida com Igor Azevedo durante a pandemia. “Devido à pandemia, tivemos de fotografar através de sua janela, evitando contato físico e para seguir os protocolos de segurança recomendados pela OMS. Ela nos relatou que durante esse quase um ano em que viveu em casa, isolada e sozinha, por causa da pandemia, que apesar de todo o transtorno, esse período para ela foi de amadurecimento e aprendizagem.”

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