Câncer de cabeça e pescoço: Não buscar informação é um dos principais fatores de risco, afirma Debora Vianna, médica especialista em cirurgia de cabeça e pescoço
O câncer de cabeça e pescoço é o quinto mais incidente no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, causando milhares de mortes ao ano. 70% dos casos de câncer de cabeça e pescoço são descobertos já em estágio avançado devido à falta de informação das pessoas sobre a doença.
Por isso, a importância do diagnóstico precoce e de reconhecer os fatores de risco da doença, são fundamentais para tratar o problema.
De acordo com Debora Vianna, médica especialista em cabeça e pescoço, esse é um tipo de câncer que se refere a qualquer tumor que se desenvolve nessas regiões, de acordo com a área atingida.
“Temos alguns exemplos como o câncer da cavidade oral, que pode acometer lábios, gengiva, céu da boca e língua. Também o câncer de faringe, que acomete a região da garganta, por onde passam os alimentos e o ar inalado pelo nariz; o câncer de laringe, que atinge a região da garganta onde se localizam as cordas vocais; e o câncer de tireoide, que afeta a glândula da tireoide, responsável por produzir hormônios que regulam a função do coração, cérebro, fígado e rins”. Conta a especialista.
“O câncer de cabeça e pescoço ainda pode atingir os seios da face, glândulas salivares e linfonodos localizados no pescoço”.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano espera-se cerca de 1,5 milhão de novos casos de câncer de cabeça e pescoço. Entre os homens, o tumor mais comum é o de boca, enquanto entre as mulheres é o de tireoide.
Débora esclarece que a maior parte dos fatores de risco do câncer de cabeça e pescoço podem ser evitados.
“Os que mais influenciam o desenvolvimento da doença são, o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, infecção por hpv, má higiene bucal, exposição a substâncias tóxicas, assim como exposição a radiações”. Disse a médica
Por fim, a especialista em cabeça e pescoço aponta que, para o diagnóstico desse tipo de câncer, é feita uma análise clínica para examinar os sinais e sintomas, como feridas na boca e nódulos no pescoço.
“Para confirmar o diagnóstico, ele pode pedir uma biópsia – exame que remove uma parte ou toda a área suspeita para analisar se há células cancerígenas. No caso de nódulos, como na tireoide, por exemplo, a biópsia pode ser feita por meio de uma agulha fina, que aspira parte do tecido”, explicou Debora.
“Existem outros exames complementares que o médico pode pedir para apoiar o diagnóstico, principalmente em casos de tumores maiores, que podem ter atingido regiões vizinhas, como linfonodos e ossos”, acrescentou.
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