CEO da Mining Express, o brasileiro Kaze Fuziyama, fala sobre acusação suspeita de pirâmide com Bitcoin

O empresário enfatiza que a empresa não se trata de uma fraude e que não está envolvido em nenhuma transação ilegal

No início deste mês, a Mining Express, empresa de mineração de criptomoedas localizada na Ucrânia e fundada pelo brasileiro Kaze Fuziyama, tem sido investigada por fraude. A companhia está sendo investigada tanto pelas autoridades da Ucrânia quanto pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM), por causa das suas atividades relacionadas à mineração de criptomoedas e Marketing Multinível.

A empresa foi registrada em Kiev em março de 2018, com financiamento da Edelweiss Investment Trading Company de Hong e teve seus equipamentos apreendidos por autoridades da Ucrânia em meio a uma investigação de fraude. A Assessoria Jurídica da Mining Express afirma que a apreensão foi uma intervenção ilegal e arbitrária e que não possui nenhum fundamento que possa autorizar tal ação. Os advogados da companhia acreditam haver uma conspiração contra a Mining Express e que as autoridades estão fazendo a investigação para benefício próprio.

De acordo com Kaze Fuziyama, a verdade é que foi criado na Ucrânia um caso criminal contra a empresa com o único intuito de tomar o negócio na “mão grande”.

“Infelizmente, apenas depois de começar todo esse problema com a empresa, descobrimos que é uma prática rotineira em países como Ucrânia e Rússia, em que negócios de estrangeiros que investiram muito dinheiro no país e possuem negócios lucrativos, chamam a atenção de autoridades corruptas, cujo poder dado pela lei os torna praticamente intocáveis. E, apesar de cometerem inúmeras infrações legais no processo, eles contam como uma rede de cúmplices muito bem estruturada, organizada e poderosa que blinda suas ações de tal maneira que torna quase impossível que o investidor recupere o domínio do seu negócio”, destaca o CEO.

Segundo ele, a história na qual se baseia o caso criminal começou quando um ucraniano, de uma cidade litorânea da Ucrânia, decidiu comprar um plano de U$100 no website da empresa. Foi aí que apareceu o primeiro problema: a Mining Express não vende seus serviços dentro da Ucrânia.

“No momento do registro não existe a opção de cadastrar o país e, tecnicamente, a pessoa é obrigada a mentir. Portanto, esse cadastro acaba sendo ilegal. Pelo contrato, podemos rescindir unilateralmente se descobrirmos alguma inconsistência”, contou Kaze. A denúncia afirma que logo em seguida o ucraniano achou um grupo no Telegram com reclamações de que a empresa não paga, e por isso ele abriu uma denúncia.

Em outras palavras, o presidente da Mining Express ressalta que não existe um problema real, já que o suposto denunciante hipoteticamente pensou que não iria receber e então denunciou antecipadamente.

“A denúncia é totalmente infundada e mentirosa. Se consultar qualquer advogado ele vai apontar que existem várias situações em que pessoas são usadas como X9 por outras que querem plantar má reputação em empresas, com o objetivo de extorquir empresários”, diz.

Outro ponto que consta na abertura da investigação está baseado em um artigo antigo no Brasil, publicado por um site sem reputação real e credibilidade, do começo da empresa na Ucrânia. Após tentar extorquir Kaze Fuziyama, o redator desse blog disse que poderia falar bem ou mal dele, dependendo se ele pagasse ou não. No artigo, ele faz ligações indevidas entre o CEO e algumas empresas acusadas de pirâmide financeira, com as quais ele trabalhou apenas como divulgador – sem saber que eram ilícitas – e mesmo os donos sendo condenados, não existiu nenhuma prova de que Kaze estaria junto no negócio.

“O artigo tenta fazer um malabarismo teórico, sem prova alguma, acusando que a Mining Express seria uma pirâmide financeira, quando na verdade nunca foi”, finaliza.

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