Cirurgia da Tireoide: Médica especialista em cabeça e pescoço fala sobre procedimento
Debora Vianna é médica especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, doutorada pela Universidade de São Paulo.
A cirurgia de tireoide é feita para tratar problemas na tireoide, como nódulos, cistos, aumento exagerado da tireoide ou câncer, e pode ser total ou parcial, dependendo se a glândula é, ou não, retirada completamente.
Geralmente, esta cirurgia conhecida por tireoidectomia, é delicada pois encontram-se próximo veias, artérias, nervos e músculos essenciais à vida, no entanto, é comum não haver complicações, mesmo em casos de câncer, sendo pouco frequente alterações na voz ou hematomas.
Para sabermos um pouco mais sobre esse assunto conversamos com a médica especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, Debora Vianna. Confira.
Jairo Rodrigues: Dra, quando a cirurgia da Tireoide é indicada?
Debora Vianna: Basicamente, é indicada quando existe suspeita para malignidade na glândula tireoide ou quando a mesma causa sintomas compressivos (levando a dificuldade na deglutição ou na respiração, por exemplo).
Jairo Rodrigues: E quais são os riscos da cirurgia?
Debora Vianna: O procedimento é feito sob anestesia geral, com internação hospitalar habitual de em torno de 24hs. É mobilizado o nervo que leva a movimentação das pregas vocais (nervo laringeo); dessa forma, pode haver mudança da qualidade da voz no pos operatorio, a depender da manipulação maior ou menor do nervo; tambem é mobilizado o centro regulador de calcio do organismo (as paratireoides), assim, pode haver alteração na concentração de calcio no corpo, podendo ser necessário a sua reposição.
Jairo Rodrigues: O que acontece após a retirada da Tireoide?
Debora Vianna: Após a retirada total da tireoide vai ser preciso repor o hormônio produzido por ela; esta reposição deve ser feita para o resto da vida, com a quantidade de hormônio podendo variar de acordo com a necessidade de cada organismo.
Jairo Rodrigues: Quanto tempo de repouso após a cirurgia?
Debora Vianna: Normalmente, o paciente fica afastado de seu trabalho por cerca de 2 semanas; mas o paciente deve fazer atividades leves, não deve ficar acamado.
*Publicado por Jairo Rodrigues