Nascida em São Paulo, a atriz Gabi Amaral veio para o Rio de Janeiro ainda pequena e acabou se adaptando ao ambiente artístico do Rio de Janeiro. Iniciando seus estudos nas aulas de ballet ainda bebê, realizou algumas apresentações em teatro clássico, e aos seis anos acabou se encantando com esse mundo. Hoje, ela já fez o filme “Love, Rock & Blues’, além de seis musicais, sendo o seu mais recente ‘Annie – O Musical”, em cartaz no início desse ano. Confira a entrevista!
Conte-nos um pouco sobre seu início como artista?
Dei meus primeiros passos artísticos nas aulas de balé. Fiz ballet clássico desde bebezinha numa das principais escolas de Ballet de São Paulo. Fiz algumas apresentações. Uma delas na Sala São Paulo, num teatro clássico e lindo e com uma acústica perfeita. Um tempo depois fiz Cinderela, no teatro Alfa, que é enorme e estava lotado. Eu tinha 6 anos e isso me encantou. Mas eu não tinha ideia ainda de como amava tudo que faço hoje. Quando eu e minha família fomos morar no Rio de Janeiro, fui fazer Teatro Musical no Vamos Fazer Arte, da Tia Mareliz Rodrigues, onde pude ter certeza do que eu gostava e queria fazer. Cantar e interpretar e, a partir daí, não parei mais. Espetáculos musicais, apresentações em festivais de música e participações em um filme e webseries. Descobri um amor infinito pela arte e sigo buscando melhorar o meu desempenho a cada dia.
Dentre os musicais que fez, “Anos 80 – Um Musical de Filho para Pai”, trata de situações da antigamente. Como foi se preparar para esse espetáculo?
De certa forma, não foi difícil, já que é a trilha sonora dos meus pais. Eles contaram um pouco sobre como era a vitrola, a fita cassete, o telefone de ficha, essas coisas que não conhecia direito e faziam parte da realidade deles. O texto escrito pela tia Lili era divertido e acabamos nos divertindo em família. Foi muito legal fazer esse musical – Anos 80, um musical de filho para pai. Mas fiz outros com a mesma escola de teatro, como Salada de Fábulas, O Reino dos mal-educados e A Diferença que a Diferença faz.
Como foi ser indicada ao prêmio de melhor performance infanto-juvenil no Rio Web Fest por sua interpretação em “Love, Rock & Blues”?
Era a minha primeira produção na tela. E aprendi logo a importância das marcações de câmera. Ganhei um solo de uma música que gostava muito e a boa vontade dos meus colegas de cena com a mascote do grupo foram fundamentais para me deixar bem à vontade. O diretor do filme, o Igor Rodrigues, também foi fantástico e me ajudou muito. Contracenei com atores como a Isabel Filardis e me diverti muito quando gravei com o cantor Bochecha numa das cenas do filme. Quando veio a indicação fiquei muito feliz. Estava em casa e alguém me avisou que tinham acabado de anunciar meu nome na internet. Eu nem sabia que estava concorrendo a alguma coisa. Foi uma ótima surpresa. Virei até capa do jornal Globo Barra na época. Concorri com tanta gente legal e depois ainda fui para Miami representar a série e o Brasil num festival Internacional. Aconteceu tudo tão rápido e foi tudo tão maravilhoso que até hoje ainda não caiu a ficha. Aliás eu só posso agradecer porque na minha vida tudo aconteceu rápido. Com o Playing For Change Day não foi deferente.
Em 2018, tivemos a apresentação do palco kids no “Playing For Change Day”, onde comandou durante 3 horas as atrações com o musico Kiko Menezes. Poderia falar um pouco sobre essa experiência.
Eu já fazia uma participação como apresentadora de um quadro de Dicas culturais num programa da rádio 95FM com o tio Moreno (locutor Jorge Moreno). A produção do Playing for Chance fez uma parceria com a Rádio e me convidou para apresentar o Palco Kids no Teatro Municipal de Niterói. Como eu disse, amo estar no palco e mesmo com o Teatro Municipal lotado eu fiquei muito à vontade. Sabia que precisava interagir com os artistas e com o público e foi o que fiz. Minha mãe sempre me fala que o mais importante é me divertir e fazer tudo com o coração. A parceria com o tio Kiko, que apresentou comigo, deu super certo e quando percebi já tinham se passado 3 horas e não queria sair dali. Foi um sonho. Aí esse ano fui convidada novamente para cantar e apresentar as duas edições do PFC Day só que agora fiz tudo de casa porque também estou fazendo a minha parte. Adorei mais uma vez a oportunidade. Essa galera do PFC é incrível. São dezenas de músicos que fazem isso por amor e nesta edição, além de vários amigos queridos que se apresentaram comigo na faixa Kids e teens , vários grandes nomes como o Tico Santa Cruz do Detonautas o o cantor Zé Renato também passaram pelo evento!
Recentemente esteve em cartaz com o musical “Annie” no Teatro Riachuelo. Como foi participar da remontagem desse clássico da Broadway?
Annie foi especial. É um dos meus musicais preferidos. Assisti ao Musical em São Paulo e quando começaram as audições para a escolha do elenco aqui no Rio quis logo participar. Fiquei feliz de ter sido escolhida para o elenco como July e só tenho a agradecer ao Ceftem que produziu a peça. O musical foi um sucesso, fruto de muita dedicação dos diretores, produtores e elenco. As apresentacoes no Teatro Riachuelo foram resultado da união e dedicação que todos tivemos na preparação desse espetáculo.
Você também lançou um livro na Bienal, o que a fez querer entrar no meio literário?
Eu amo arte. Desde sempre adoro desenhar e sempre que posso procuro aperfeiçoar minha Tecnica. Adoro também fazer lettering, designs digitais e lettering em paredes. Saio desenhando e fazendo arte em tudo que puder. Tenho um ateliê em casa onde pinto, desenho e produzo o que eu tiver vontade.
A participação no livro foi uma experiência também muito legal porque não só pude escrever como, principalmente, fazer todas as ilustrações do livro. Amei o resultado e a oportunidade de estar num evento do tamanho da bienal como autora.
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