A tontura é um dos sintomas neurológicos mais comuns no mundo — estima-se que cerca de 30% das pessoas vão sentir tontura em algum momento da vida.
Apesar de ser algo tão recorrente, ainda é comum o uso genérico do termo “labirintite”, o que leva a diagnósticos imprecisos e tratamentos pouco eficazes.
Segundo o Dr. Saulo Nader — neurologista pela USP, com especialização em distúrbios vestibulares e membro da Bárány Society — por trás desse sintoma podem existir mais de 40 diferentes causas.

A boa notícia? A maioria dos casos tem tratamento eficaz quando o diagnóstico é feito da forma correta.
As principais causas de tontura, de acordo com o Dr. Saulo Nader:
– VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna)
São episódios rápidos de vertigem que acontecem ao movimentar a cabeça. A causa mais comum é o deslocamento de pequenos cristais no ouvido interno. A boa notícia é que, na maioria das vezes, esse tipo de tontura pode ser resolvido com manobras simples — sem precisar de remédios.
– TPPP (Tontura Perceptual Postural Persistente)
Uma tontura crônica, que muitas vezes está ligada a fatores emocionais e estímulos visuais, como ambientes muito agitados. O tratamento inclui reabilitação vestibular, acompanhamento psicológico e até terapia cognitivo-comportamental.
– Doença de Ménière
Caracterizada por vertigem intensa, zumbido no ouvido e perda auditiva. Nesse caso, o manejo inclui mudanças na alimentação, medicamentos e, em alguns casos, procedimentos mais específicos.
Dicas do Dr. Saulo Nader para quem sofre com tontura:
– Evite a automedicação
Tomar remédio por conta própria pode mascarar os sintomas e dificultar o diagnóstico correto.
– Busque um diagnóstico preciso
Nem toda tontura é “labirintite”. Existem diversas causas, e só com uma avaliação neurológica adequada é possível indicar o melhor tratamento.
– Considere a reabilitação vestibular
São exercícios específicos que ajudam o cérebro a reorganizar o sistema de equilíbrio — essenciais em muitos casos.
– Hidrate-se sempre
A falta de água pode agravar a tontura. Beber líquidos regularmente é mais importante do que parece.
– Fique atento ao seu emocional
Estresse e ansiedade têm o poder de intensificar a tontura. Técnicas de relaxamento, autocuidado e, se necessário, terapia, podem fazer toda a diferença.
O recado final do Dr. Saulo Nader @doutortontura:
“Tontura não é frescura. Quem vive com isso precisa ser ouvido com seriedade. E o mais importante: com o diagnóstico certo, é totalmente possível recuperar a qualidade de vida”, finaliza o especialista.
Mais informações: https://neurologiaepsiquiatria.com.br/