Exclusivo: Doutora Débora Vianna, médica Especialista em Cirurgia de cabeça e pescoço e Doutorada pela USP, fala sobre câncer de tireoide

Especialista falou ainda sobre prevenção e tratamento

Projeções do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que no triênio entre 2020 e 2022 haverá 13 780 novos casos de câncer de tireoide no Brasil, sendo 1 830 em homens e 11 590 em mulheres. Os números deixam claro que esse tumor é bem mais frequente no sexo feminino.

O carcinoma papilífero de tireoide (CPT) é o tipo mais comum da doença e sua incidência tem aumentado nos últimos anos mais do que a de qualquer outro tumor maligno.

De acordo com a médica, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, dra. Debora Vianna, o câncer de tireoide, mesmo em estágios avançados, ele vai ter uma alta potencialidade de cura.

“O tratamento do câncer de tireoide, consegue ser um dos mais amenos que a gente tem dos tratamentos oncológicos e é tratado com cirurgia, e quando necesspario com um complemento que é a ‘Radio Iodoterapia’, que no fim das contas é um comprimido que o paciente toma uma única vez, sem a necessidade de radioterapia ou quimioterapia e a cirurgia é pouco mutilante, traz poucas sequelas para a vida do paciente”.

Apesar dos números apontarem que esse tipo de tumor é mais comum no sexo feminino, a doutorada pela USP ( Universidade de São Paulo), dra Debora Vianna, explica que o câncer de tireoide também pode atingir o sexo masculino.

“A tireoide é um órgão que todos nós temos, homens e mulheres, desde que nascemos até quando morremos, e aí tanto homens quanto mulheres podem sofrer mutação nesse órgão, porém, a mulher é predisposta a ter nódulos na tireoide, homens não. Então, quando um homem tem um nódulo na tireoide, temos um sinal de alerta, porque esse nódulo tem que ser olhado com mais cautela, uma vez que a probabilidade desse nódulo que o homem tem, ser câncer, é maior do que na mulher”, conta a especialista.

Prevenção

Os problemas que afetam a Tireoide estão relacionados ao hipotireoidismo quando a glândula não produz as quantidades suficientes dos hormônios T3 e T4, fazendo que todas as funções do organismo se torne mais lenta.

 Os principais sintomas dessa deficiência são: canso intenso sem causa aparente; aumento de peso; dores musculares; perda de memória; sonolência excessiva; irregularidades no ciclo menstrual; fraqueza muscular, entre outros.

A Doutora Debora Vianna explica que existe o auto-exame que o próprio paciente pode fazer.

“Na frente de um espelho o paciente pode pegar um copo com água, engolir essa água e ver se ao deglutir aparece um carocinho que vai subir e descer, ao constatar isso, pode ser um nódulo na tireoide. Identificou o carocinho, procura o médico, que vai fazer um exame físico, que é a palpação pra ver se a textura da tireoide está correta e também vai fazer um ultrassom para identificar a presença ou ausência desses nódulos e se necessário fazer a biopsia, que é com agulha”, conta

Tratamento

A especialista afirma que não há necessidade de desespero ao identificar o nódulo, principalmente as mulheres que já é esperado um nódulo na tireoide.

“Esse nódulo tem que ser identificado e estratificado, em alto risco ou baixo risco, mas não há necessidade de desespero, é importante destacar que quem trata o câncer de tireoide é o cirurgião de cabeça e pescoço, existe uma especialidade para isso, onde identificamos e fazemos o diagnóstico do câncer e realizamos o tratamento”.

O tratamento é feito através de cirurgia onde será feita a retirada parcial ou total da tireoide e de acordo com o resultado da cirurgia, vamos ver a necessidade de um complemento que é a iodo terapia.

“É preciso ainda, depois disso, fazer todo um acompanhamento com o paciente, porque sendo um câncer, a característica dele é que pode voltar, e é importante dizer que esse tratamento é para a vida toda, porém a probabilidade da volta desse câncer é mínima, é de cerca de 2%, mas ela existe e não é zerada depois de 5 anos. Inclusive o histórico familiar é essencial para o diagnostico, tratamento e acompanhamento dos pacientes”, conclui Dra. Debora Vianna, que é especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, doutorada pela USP São Paulo.

*Publicado por Jairo Rodrigues / Colunista de Contei

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