Mestre Bueno do Barão fala sobre preconceitos: desde a raça até a religião

O notório influencer e Mestre de Santo, Reinaldo Bueno Filho, que soma em seus perfis pessoais e de liderança espiritual mais de duzentos mil seguidores vem já há alguns anos prestando trabalhos espirituais, levando conhecimento sobre suas religiões de estudo e atendendo espiritualmente a todos, desde pessoas que o procuram para conselhos, até artistas que pagam valores altíssimos por seus trabalhos.

Tanto quanto, o Mestre Bueno do Barão, também mostra sua vida pessoal, em suas redes de mídia sociais pessoais, abertamente, enquanto influencer e as usa como exemplo do que a magia pode fazer na vida de alguém.

Mas, mesmo ainda sendo o mesmo um prestigiado e renomado, de tradicional família goiana, empresário, escritor, professor, consultor de negócios, consultor de crises para políticos, além do exercício de liderança espiritual e de outras múltiplas funções, o Mestre discorre sobre o preconceito, desde o preconceito descarado ao velado que sente sofrer.

“Durante muitos anos, justamente por receio ou talvez até medo do que as pessoas falam e pensam, e agem, principalmente, contra você, me mantive calado e distante ao máximo que pude da mídia, de pessoas até. Não é fácil ser naturalmente uma pessoa contra a regra da sociedade (não que a regra esteja certa); e isso acontece especialmente quando você é alguém como eu: que não segue as religiões cristãs padrão, que é preto, de coração, cor, alma, e sangue, que tem ideários progressistas, que acredita na fluidicidade do ser e, portanto, não segue o padrão de homem ‘branco-cis-privilegiado’, que não nasceu necessariamente rico. Aliás, por bem, nasci de uma excelente família, extremante inteligente, articulada e bem posicionada politicamente, mas trabalho desde quatorze anos, justamente porque antes já não tive dinheiro e não nasci rico.”

Mestre Bueno do Barão
Divulgação

E continua: “por tudo isso, por receio do que poderia passar, mesmo exercendo meus papéis das mesmas formas, eu passei anos sem atender à mídia ou sem procurar por ela. E talvez eu estivesse certo. Guardadas as devidas proporções das empresas corretas que tratam o preto, não-padrão, e de religiões afro-brasileiras devidamente, atendendo sem distinção de raça, cor, credo, como manda a constituição, e prestando seus serviços comumente, como todos nós fazemos ao trabalharmos seguindo o Código do Consumidor, existe um nicho que não assim o é. Por contrário, fazem questão de desde tratar mal, quando se dispõem a tratar, porque muitas, insignificantemente, sequer nos ouvem, se põem a discriminar a sua religião diretamente, como já recebi mensagens claras sobre, ou atitudes mais sutis mas tão desmoralizantes quanto, como mudar o tratamento dado, cortar seu rosto até em fotos de imprensa e, em casos extremos, se recusarem a trabalhar com o nosso perfil sem nenhum motivo plausível, e eu poderia dar inúmeros exemplos de como e quando isso acontece.”

Segundo o Mestre Bueno do Barão, empresas, veículos de mídia, e outros meios de veiculação de imagem já tiveram atitudes que ele considera desmoralizantes moralmente e materialmente para ele e pessoas como ele. Talvez por isso, segundo ele, ainda seja um campo tão considerado tabu em se tratando de religião: “o preconceito age mais alto, mesmo que não fale”. E ainda diz: “Algumas empresas além de exigirem que não falemos de religião em determinados veículos, o que claramente eu não posso dissociar de mim, é quem eu sou, como eu sou, faz tanto parte de mim quanto a cor da minha pele ou a minha constante necessidade de lutar por voz e espaço. Algumas empresas também alegam não trabalhar com a gente por causa da nossa satisfação, apesar da nossa veemência em dizer o contrário, em esforções surreais em se adaptar a exigências não combinadas, e, muitas vezes, nos sujeitam à completa insignificante ignorância, o que realmente machuca, para ser bem franco.”

“Desde criança sofri preconceito, eu sei o que é, como é, quando acontece. Eu sei as palavras que usam pra disfarçar, eu sei o tom de voz aveludado que usam pra falar mentiras enquanto querem falar ódio a você. Pelo simples fato de lidar com um preto, completamente fora do padrão, de religião não-padrão, e sendo um ser-humano claramente não aceito pela maioria da sociedade, especialmente no meu caso, que tenho instrução e gosto das coisas dispostas com sinceridade, honestidade, boa fé e respeito.”

“Sofri acusações de roubo quando eu era criança, duas ou três, que me traumatizam até hoje, por ser queimado, e ter cicatrizes no rosto, ainda tenho de lidar com pessoas olhando feio, ou até mesmo criticando minha aparência. E me abrir para falar publicamente de minha vida e religião não tem sido uma tarefa fácil. Porque as pessoas simplesmente não entendem o que é estar no seu lugar. Não importa o quanto você tenha de dinheiro, de poder, de status, de inteligência, de formação, as pessoas vão sempre considerar você pior do que você realmente é e aviltar você, sua dignidade, raça, conduta e fé, sem vergonhas de fazer coisas do tipo, e sem justificativa. Especialmente no meu caso, que falo abertamente sobre tudo, especialmente quando eu estou satisfeito, ou não, se gosto ou não. Ainda assim, tentam dissimular, e eu conheço essa história. Não são todos os veículos de mídia, claro, existem vários que são respeitosos, que compreendem, que abraçam, empresas de assessoria também, existem muitas que são boas. Mas, nem todas.”

E, de fato, o Mestre Bueno do Barão já, comprovadamente, teve de ocultar sua religião, se adaptar a regras não combinadas, aceitar padrões de comportamento indignos e vis, de até mesmo maus tratos ou sequer ser tratado, e, como ele diz “simplesmente por ser quem eu sou. Então quem eu sou não deve ser digno? Tratado com igualdade? Qual o problema? A religião? O prezar pelo igual tratamento sem distinção entre eu e qualquer outra pessoa? A sociedade é coberta de preconceitos, e, ao meu ver, a mídia, deveria, no mínimo, começar a desconstruir esse aviltamento coletivo de raça, cor e credo. Mas ainda há esperança, afinal, eu ainda estou aqui falando, certo?”

Mestre Bueno do Barão
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De fato, a imprensa faz-se voz ativa para dar lugar de fala a todos o quanto for possível em seus serviços, ou, em busca de uma sociedade melhor, assim deveria o ser.

Ademais, o Mestre Bueno do Barão ressalta: “volto a dizer que existem empresas e pessoas extremamente sérias no ramo, mas definitivamente eu já vi coisas que fariam até o diabo, que inclusive considero meu amigo, arrepiar de medo das pessoas e do quão ignorantes, no sentido de fechadas às novas ideias também, elas podem ser.”

Para conhecer mais sobre o Mestre Bueno, ou, aliás, para conhecer o Bueno de fato, você pode o acompanhar em suas jornadas filosóficas, intelectuais e espirituais, em seus perfis de Instagram @reinaldobuenofilho e @mestrebuenodobarao. Certamente, usando-se de sua instrução, estudo e da cultura, há muito a acrescentar a todos que pretendem conhecer mais sobre realidades diferentes, visões diferentes, e, principalmente, formas de ver o mundo e a espiritualidade diferentes.

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