Renato Chocair comemora o sucesso de Cipriano no Fantaspoa 2021

Primeiro vilão de sua carreira também estará em festival em Portugal

O Fantaspoa 2021, tradicional festival brasileiro de horror e fantasia, que costuma ser realizado em Porto Alegre, ganhou nova edição virtual, repetindo a experiência do ano passado, devido ao agravamento da pandemia de coronavírus. A programação vai até dia 18 de abril e contará com longas e curtas de mais de 40 países, acontece pela nova plataforma Würlak, do mesmo grupo da Darkflix, que só funciona por aplicativos da Apple ou Android. Além disso, tem um detalhe: os filmes saem do ar ao baterem três mil visualizações cada.
O evento também oferece diversas atividades paralelas, como lives com cineastas, debates sobre inclusão no audiovisual, sessões musicadas, uma festa online e a exposição “Riso da Medusa”, com trabalhos de 20 artistas mulheres sobre o universo do fantástico. Além disso, o Youtube do Fantaspoa disponibiliza 14 atividades formativas sobre as mais diversas temáticas do audiovisual, ministradas por grandes nomes da área. Todas as atividades são online e podem ser acessadas gratuitamente.

O filme também estará a partir do dia 26 de abril a 4 de maio no Festival Internacional de Cinema Fantástico do Porto, que é o maior festival de cinema de Portugal, sediado na cidade do Porto. Foi criado e organizado por Mário Dorminsky e Beatriz Pacheco Pereira, e sua 1ª edição aconteceu em 1981.

Confira a entrevista com Renato Chocair:

O filme: Cemitério das Almas Perdidas é sucesso de crítica. Como encara a repercussão?

É muito emocionante, gratificante ter o reconhecimento dos críticos, nomes como Marcelo Carrard, Marcelo Müller, Rodrigo Fonseca, Carlos Primati, o Ismael Chaves, do Escuromedo, escreveu que encarnei o maior vilão do terror nacional desde o icônico Zé do Caixão. Sou muito grato a todos esses grandes críticos do nosso audiovisual. Isso é muito bonito! Todo esse reconhecimento me enche de esperança para seguir em frente buscando novos desafios. Não posso esquecer de falar que a equipe do filme é a melhor do mundo, uma equipe dos sonhos, nosso set sempre foi divertido e harmônico. Muito amor envolvido. Como gosto de dizer, amor eterno. Os deuses da sétima arte nos abençoaram.

Em um dos papéis, precisou fazer aulas do idioma de português, de Portugal. Como foi o processo de aprendizado?

O Rodrigo Aragão pediu que o Cipriano tivesse um sotaque de português, de Portugal. Queria leve. Imediatamente entrei em contato com um artista angolano chamado Ermi Panzo, que foi indicação de minha esposa. Estudamos o roteiro várias vezes repetindo e pronunciando as palavras. Foi rico e intenso, um mestre. Hoje nos tornamos amigos.

O filme já tem reconhecimento internacional?

Com relação a premiações, ganhamos três prêmios internacionais: de melhor efeito especial, no festival Nox Film Fest, do Uruguai. Joel Caetano é um grande diretor e participou junto com Aragão nos efeitos especiais, craque! Ganhamos melhor filme na Mostra Internacional de Cinema Crash e de melhor efeito especial no lendário Rojosangre, de Buenos Aires. Participamos do 24 Mostra Tiradentes de cinema, um festival incrível, é o nosso Sundance. Além do lendário Fantasporto, prestigiado festival em Portugal.

Como foi para você ver a repercussão tão positiva que o seu personagem Cipriano do filme “Cemitério das Almas Perdidas” protagonizou?

Esse é o tipo de personagem que muda a vida de um ator! Quando aparece um roteiro tão incrível como o do Cemitério você tem que agradecer e lutar com todas as suas forças para estar dentro! Assim que soube do longa fiquei em estado de êxtase, gravei as cenas do meu celular intuindo como seria o Cipriano bem instintivamente e no impulso e enviei para o Rodrigo Aragão. Demorou para responder, mas quando soube que ele queria falar comigo meu coração explodiu de alegria, comparo essa conquista com o nascimento de minha filha Ágatha. É simplesmente mágico e avassalador! Cipriano é um presente dos Deuses do cinema e do genial diretor Rodrigo Aragão que depositou toda sua confiança no  meu trabalho. É um vilão que passa por quase todos os seus filmes ( livro negro de Cipriano) é um personagem místico. Uma imensa honra e responsabilidade poder dar vida a esse feiticeiro, bruxo tão enigmático. Foi uma construção de personagem que exigiu muita dedicação e estudo. A começar pelos rituais em latim e o sotaque de português de Portugal. Depois teve o emagrecimento de 10 kgs pois Aragão queria o personagem mais magro. Usei muito do que aprendi com o grande mestre Antunes Filho no CPT ( centro de pesquisa teatral). Não queria estar em um lugar comum com este personagem, tive que criar toda uma respiração diferente para sua composição, assim como voz e gestual. Recebi inúmeras críticas positivas , parece que não decepcionei. Sou muito grato a todo carinho que estou recebendo, muito amor envolvido!

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