Sim, finalmente isso aconteceu – a tecnologia de quinta geração da telefonia móvel está saindo do papel. Mais precisamente na quinta-feira (4), ocorreu o leilão das frequências de exploração do 5G, momento mais aguardado pelo setor de telecomunicações neste último ano. O projeto coordenado pelo Ministério das Comunicações teve como largada efetiva o momento em que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu as propostas de algumas operadoras interessadas na licitação.
O que surpreendeu logo no início foi que um total de 15 empresas se mostraram interessadas, e apenas cinco delas eram prestadoras de serviço móvel. Ou seja, haverá um aumento na concorrência do setor, antes restrito ao oligopólio formado pelas gigantes Claro, Vivo e TIM.
O modelo escolhido foi de leilão, o que é bastante atrativo por favorecer investimentos privados. Grande parte do aporte, previsto em 47 bilhões de reais, irá se converter em investimentos estatais, como para cobrir escolas e estradas federais. Segundo Leonardo Capdeville, chefe de tecnologia da TIM Brasil, “o governo entendeu que as telecomunicações são parte da infraestrutura básica, para que, em cima dela, passem a acontecer todos os ganhos de eficiência, produtividade, bem-estar, conhecimento e saúde”.
Benefícios do 5G
A promessa do 5G é cativante, para dizer o mínimo, no que tange à transmissão de dados e telefonia móvel. A ideia é que ele facilite o carregamento e upload de um arquivo pela internet muito mais fácil e rapidamente – o que irá permitir que outras empresas elevem o patamar na qualidade dos seus serviços e produtos.
De acordo com Leonardo Euler, presidente da Anatel, “o 5G é uma tecnologia-chave para a quarta revolução industrial. A partir dele será possível atingir um outro nível para as cadeias de valor das diferentes indústrias”. Isso se aplica principalmente àquelas empresas que oferecem serviços de streaming e sites com bônus de cassino online, que podem ser acessados do PC ou celular, mas que poderão ser acessados mais facilmente em dispositivos mobile com a ajuda da tecnologia. Essas plataformas de jogatina virtual têm inúmeros games e dão incentivos para novos jogadores, que podem utilizar o seu bônus para impulsionar as chances de vitória e aumentar o tempo da diversão.
Essa atualização do setor de telefonia vem em boa hora para o Brasil, já que as comunicações digitais se aceleraram com a pandemia. Assim sendo, além da melhora na velocidade das transmissões, essa tecnologia abrirá possibilidades para inovações no campo da internet das coisas (IoT), por exemplo, dentre outras tecnologias emergentes. Segundo o executivo-chefe de tecnologia regional da Stellantis, fabricante de automóveis das marcas Fiat, Chrysler e Peugeot, André Souza, “a 5G vai aumentar a longevidade dos dispositivos, baratear as funções e impulsionar novos produtos e tecnologias”.
Leilão
Finalizado na sexta-feira (5), o leilão contou com um saldo de R$46,7 bilhões movimentados, resultando em seis novas operadoras de telecomunicações no Brasil. A Vivo, Claro e TIM arremataram os principais blocos de frequência de transmissão ligados à frequência de 3,5 GHz, com foco nos nacionais. Somente uma nova operadora conseguiu um bloco nacional, e as restantes estão limitadas a atuarem regionalmente.
As novas operadoras de telecomunicações do país são Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A; Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos LTDA.; Winity II Telecom LTDA; o Consórcio 5G Sul; Fly Link LTDA; e Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação LTDA.
A Winity Telecom, que arrematou o primeiro lote leiloado por R$1,427 bilhão, com a faixa de frequência de 700 MHz, é a única operadora nova com uma concessão nacional. Ela foi fundada em 2020 e atualmente atua como provedora de infraestrutura wireless, focada em telefonia móvel e novas formas de conectividade para 4G e 5G. A empresa busca investir aproximadamente R$2 bilhões na instalação de pelo menos 5 mil torres de transmissão pelo país até 2029.
Além das novas e antigas operadoras, a Sercomtel e a Algar Telecom, que já atuam no setor, também arremataram lotes. A concessão para todas as empresas será de 20 anos, e elas passarão a partir de agora a investir na implementação e disponibilização do 5G a partir das faixas de frequência que conseguiram.