Você sabia que o câncer também pode se desenvolver na língua? Veja o que diz especialista

Debora Vianna é médica especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, doutorada pela USP São Paulo.

Da mesma forma como acontece com outros tipos de câncer, os especialistas não podem indicar com certeza quais pessoas podem ou não desenvolver o câncer de língua, mas existem fatores de riscos que fazem com que as chances de um indivíduo vir a apresentar esta doença aumentem muito.

Outros cânceres da cavidade oral, da faringe e da laringe são favorecidos pelo tabagismo, e isso também se dá com o câncer de língua. Assim, pessoas fumantes ou com histórico de tabagismo têm maiores chances de desenvolver esse tumor.

Essa coluna conversou com a médica especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, Debora Vianna, para tentarmos entender um pouco sobre a doença.

Jairo Rodrigues: Dra. Como identificar os sintomas de câncer de língua?  
Debora Vianna: Inicialmente, o câncer de língua pode se apresentar como uma mancha vermelha ou branca na língua, ou ainda uma afta, que não desaparecem em torno de 30 dias. Esta lesão pode sangrar ao toque, e com o passar do tempo, pode ir reduzindo a mobilidade da língua, causando dificuldade para falar e deglutir. Também com o tempo pode aparecer linfonodos endurecidos no pescoço (caroços), que vão aumentando de tamanho progressivamente.

Jairo Rodrigues: Este tipo de câncer tem cura?
Debora Vianna:
Como todo tipo de câncer, se diagnosticado precocemente, seu tratamento é mais ameno e a probabilidade de recidiva é menor. Porém, mesmo em casos avançados existe tratamento.

Jairo Rodrigues: Qualquer pessoa pode ter esse tipo de câncer?
Debora Vianna:
Os mais afetados pelo câncer de língua são os tabagistas e etilistas; porém, existem outros fatores, como trauma por próteses mal ajustadas, por exemplo, e infecção por hpv.

Jairo Rodrigues: Como é feito o tratamento?
Debora Vianna: Depende do estadiamento (em que momento é diagnosticado); estádios iniciais, o tratamento é apenas a cirurgia; estádios avançados, é necessário, cirurgia, seguida por radioterapia, sendo as vezes necessário quimioterapia também. O tratamento cirúrgico tem extensão variada a depender da agressividade do tumor.

*Por Jairo Rodrigues

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