Illy aborda empreendedorismo e legalização da maconha em clipe

0

Uma professora demitida e desolada joga no lixo a carteira de trabalho. Na poltrona de casa, ao ler uma reportagem sobre empreendimento com maconha tem uma ideia: chama as amigas e começa a vender biscoitos feitos da erva. Essas são as primeiras cenas do clipe de “Djanira”, que a cantora Illy lança no próximo dia 30. Com Mart’nália, Giselle Itié, Camila Lucciola e Taisa Machado no elenco, roteiro e direção de Pedro Henrique França, “Djanira – o clipe” tem estética pop, inspirações em Almodóvar e assim como a música, aborda com sutileza a legalização da maconha.

A canção está no elogiado álbum de estreia da baiana radicada no Rio de Janeiro, “Voo longe” produzido por Kassin e Moreno Veloso. “Os clipes nos dão a oportunidade de fortalecer nossa arte e nosso discurso. Usamos a dança, a moda e Djanira para lembrar que a legalização funciona bem em vários países desenvolvidos, colabora com o aumento da economia local, é uma ótima opção de empreendedorismo, gera empregos, diminuiria a população carcerária e avançaria os estudos sobre a planta contra diversas doenças”, afirma Illy.

Illy. Foto: Divulgação/Victor Curi

“Não fazemos aqui, com Djanira, apenas um ato pró-legalização à maconha, mas à liberdade. Djanira é um clipe afetivo e feminista, colorido e alegre, dentro de um Brasil que pode ser possível”, acrescenta o diretor Pedro Henrique França. “‘Djanira’ é resultado de um trabalho coletivo muito bonito, que soma discursos e reúne essas mulheres tão fortes para mostrar que estamos juntos por um país mais feliz e maduro”, acredita o diretor.

O clipe é lançado num momento que o STF está prestes a debater a pauta da legalização no Brasil. “Espero que ajude de alguma forma para que os governantes enxerguem o tamanho do benefício que a legalização pode trazer. Estamos em tempos conturbados, mas iremos chegar mais fortes ao futuro”, torce Illy.

Veja o clipe de “Djanira”:

Sobre a cantora

O som de Illy é POP, é MPB e flerta com o reggae e o samba. Suas influências estão nas vozes de Elis Regina, Amy Winehouse, Gal Costa, Lauryn Hill. Estão no mar de Dorival Caymmi, no groove de Djavan, nas baladas dos Beatles e na malemolência dos Novos Baianos.

Radicada no Rio de Janeiro há quatro anos, Illy começou a vida profissional ainda adolescente puxando trio pelo interior da Bahia e cantando em trilhas de peças de teatro. Depois viajou pelo país liderando o grupo Samba Dibanda. Fez aulas na Oficina de Canto da UFBA e na Escola Baiana de Canto Popular. Seu primeiro projeto solo foi “Illy canta os cem anos de Caymmi”.

Illy. Foto: Divulgação/Victor Curi
Illy. Foto: Divulgação/Victor Curi

Com seu primeiro disco, já emplacou música na trilha da novela “Sol Nascente”, figurou a lista do Google Play com os vinte nomes mais promissores, abriu shows para Gal Costa e Djavan no Circo Voador e Fundição Progresso, respectivamente e cantou com nomes como Caetano Veloso, Fagner, Roberta Sá, Mart’nália entre outros na sua websérie “Illy e a MPB de todos os sons”.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.