Uma conversa com Camila Curty sobre sua envolvente personagem em ‘Passport

“Passport” está em cartaz nos palcos do Rio de Janeiro desde o dia 30 de maio e permanece neste mês de junho, com apresentações nos próximos dias 17 e 24. Baseado na obra do venezuelano Gustavo Ott, o espetáculo conta com elenco formado por Camila Curty, Victor Almeida e Pablo Cortez. Camila interpreta Eugênia e é também responsável pela direção do primeiro projeto do Laboratório dos Atores.

Salientando discussões sobre sérias questões sociais, em “Passport”, Eugênia se perde em uma estação de trem de uma cidade onde seu passaporte não é reconhecido, se tornando uma ameaça aos olhos dos oficiais. Com produção de Marcos Covask e Luiz Felipe Machado, o projeto – contemplado pelo edital FOCA – Fomento à Cultura Carioca 2022 da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro – traz à tona a ausência de comunicação e identidade de uma pátria.

Originalmente escrita para ser um personagem masculino, Eugênia ganha vida através do talento de Camila Curty, que fala um pouco mais sobre a personagem: “A Eugênia, no contexto da peça e da nossa sociedade, nessa montagem fazia muito sentido que fosse uma personagem feminina. Acredito que essa seja a primeira montagem desse texto onde essa personagem é interpretada por uma mulher. Eugênia trabalha para o governo e aparentemente foi doutrinada a seguir uma vida convencional como obedecer, ter um bom emprego e olhar só para o lado bom da vida. Até que seu país entra em guerra e ela se dá conta de que o mundo é algo bem maior do que onde seus olhos alcançavam. Partindo desse ponto, ela pega todo seu dinheiro, suas roupas e seus livros e embarca para uma viagem de trem sem saber para onde ir”.

A história de Camila com “Passport” é de longa data. A atriz e diretora, conheceu a obra de Gustavo Ott durante a residência artística, em 2015, tendo o primeiro contato com o texto através de uma leitura dramatizada e sendo impactada pela mensagem instantaneamente. Foram quase dez anos de amadurecimento artístico, até que se sentisse preparada para dar vida à Eugênia, ao lado de Pablo e Victor, que interpretam os oficiais. 

Até o momento as seis apresentações já realizadas foram um sucesso!  E segundo a diretora e protagonista, dar vida a uma personagem como Eugênia tem sido muito especial por permitir que ela diga coisas que acredita que precisam ser ditas. Além disso, a personagem fez com que Camila sentisse a necessidade de investigar coisas sobre si mesma, de uma forma como não havia acontecido antes.

Permanecendo em cartaz ao longo do mês de junho, as próximas apresentações têm data marcada para os dias 17 e 24 deste mês. O palco do Teatro Firjan Sesi (Jacarepaguá – RJ) é o que receberá o espetáculo para as duas sessões, com horário previsto para às 20h. Muito feliz com o andamento do projeto, Camila ainda aguarda ansiosamente as próximas datas. “Tem sido maravilhoso! É lindo ver tudo o que criamos com tanto carinho e com tanto esforço se materializando”, afirma.

 

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